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Quando setembro vier

Era mês de setembro, ipês amarelo-roxo explodiam, o céu era azul. Do pátio branco-lácteo-deserto do pátio da escola se via o rosto bonito da moça de cabelos negros, compridos, olhos verdes, através do vidro da janela, uma laranja vermelho-sanguinolenta do sol esmaecendo no morro azulado lá longe. Visão de um minuto, o bastante para o frágil coração tremer,anseio de juventude ardente, bilhete secreto,mensagens em garrafas ao mar, baile adiado,uma valsa ao poente, conversa no pátio esquecido da escola,um deserto de areia nas mãos vazias. A visão desapareceu como veio, entre moças rosadas, risadas claras e um carro verde fazendo poeira na rua vazia.
Ficou nos olhos o reflexo amarelo-ouro do vidro da janela da escola vazia, como uma fotografia desfocada. Era setembro, os ipês rebrilhavam.
O coração juvenil explodia em todas as cores, arcoíris depois da chuva.

Juvenil de Souza, pintor sem tinta e dom, tentar pintar com palavras.

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