English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Eu sonhei que estavas tão linda.

O baile já no final, a gente tomava Cuba Libre um pouco tonto e ela estava do outro lado, linda, de olhos reluzentes, cabelo ondulado e vestido cor-de-rosa. Sorria com algumas amigas naquele matraquear de maritacas alegres e inocentes, quando a gente se viu e houve uma troca de olhar, olho no olho, uma ligação de sentimentos e desejos no ar enfumaçado de cigarros, risadas e o som sonolento de um bolero tocado na velha vitrola. Ela olhou mais forte e atravessava o salão corajosa e firmemente. Veio andando leve e solta, dançando.
Pegou a nossa mão e nos levou para o meio do salão já quase vazio, passando da meia noite, com meia dúzia de pares apaixonados dançando de rosto colado.
Ela ensinava com seus passos de pena deslizando no salão de tábuas furadas.
Olhávamos dentro dos olhos dela e ela olhava dentro dos nossos olhos, um tempão que não acabava mais. A música parou, ficamos ali de mãos dadas, bobamente bobos, cegos para o que acontecia ao nosso redor. Saímos para a rua na noite escura e sem estrelas Não houve beijo, apenas um abraço apertado, e até amanhã... Ela foi para a casa com as amigas.

Juvenil de Souza sonha
acordado com a realidade que
aconteceu de verdade.



Próxima crônica
Voltar à página anterior