English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Carnaval

Era assim, mão na mão no cordão, lança perfume Rodouro no ar, serpentinas, confetis, garotas ariscas fantasiadas, todos cantando em coro a música da orquestra com trombones, pistões, saxofones, bateria e coro afinado de cantores escolados na vida do palco; um ou outro bêbado dançando contra a maré; lá no fundo entre as milhares de pessoas um cabelo talvez loiro, talvez escuro brilhava no ar quente; olhares esguios, corpos suados, beijos rápidos roubados no meio do salão, fantasias barrocas, a música barulhenta, o rum com cocacola subindo ao cérebro, misturado com lança-perfume esparzindo prazeres no ar, lenços molhados na face da companheira, quarta feira tudo acabado, confetis no banheiro, um gosto de poeira, ressaca de tudo, ficava a lembrança esperando o outro carnaval que não veio.

Juvenil de Souza, carnavalesco
sem brilho, nunca se fantasiou
de mulher no carnaval, nem de
pirata. Ia de cara de pau.


Próxima crônica
Página Inicial